E tudo o vento pode levar

06-10-2011 09:19

"Nova Iorque tornou-se nas últimas horas numa cidade fantasma à medida que o furacão Irene se aproxima do nordeste dos Estados Unidos.

Face à previsão de chuvas torrenciais e ventos de mais de 120km por hora, as autoridades suspenderam os transportes públicos e ligações aéreas.

A correspondente da Euronews, Anna Bressanine, refere que é a primeira vez na história do metro da cidade que as estações se encontram totalmente encerradas pelo menos até segunda-feira.

Cerca de 370 mil pessoas foram deslocadas das zonas consideradas de alto risco no sul de Manhattan e nos bairros de Queens, Brooklyn e em Staten Island.

As autoridades ordenaram a evacuação obrigatória das zonas inundáveis ameaçando com multas de até 500 dólares e penas de prisão de até 90 dias todos os habitantes que recusem abandonar as suas casas.

“O metro e o comboio parados, a cidade totalmente parada, vivi toda a minha vida nesta cidade e é a primeira vez que vejo algo assim”, afirma um habitante.

Uma evacuação considerada exagerada por alguns habitantes que acusam o presidente da câmara de excesso de zelo, depois de uma tempestade de neve ter paralizado a cidade há alguns meses.

A municipalidade abriu 91 refúgios, tendo mobilizado equipas para reparar os eventuais danos no sistema de transportes, distribuição elétrica e telecomunicações.

Um teatro da Broadway propõe um refúgio alternativo, organizando uma festa em honra da tempestade do século."

Esta noticia de Agosto de 2011, mostra-nos, o quão vulneraveis se podem tornar as maiores metrópoles do mundo, que mesmo detendo um dos maiores monopolios do mundo actual, se mostram "amedrontadas" contra a força da Natureza. Nem as construções de milhares de dólares e de milhares de Kg de Ferro e betão são suficientemente fiáveis para se conseguir permanecer indiferente ás investidas que uma tempestade pode oferecer. Uma das maiores cidades do mundo, das mais cotadas nos mercados internacionais, resumida ao pânico de politicos sem saberem que fazer, e a uma evacuação de emergência. O homem pode ter feito avanços importantissimos para prever, perceber e manipular o mundo actual, mas por enquanto não controla os efeitos devastadores que a força da natureza pode ter.